Passagem para Gaza volta a ser fechada após caminhões levarem ajuda humanitária

Não há previsão de data para saída de estrangeiros do sul da Faixa de Gaza

Foto: Reprodução/X/@ICRC

A passagem fronteiriça de Rafah, que liga o Egito à Faixa de Gaza, voltou a ser fechada neste sábado, de ambos os lados, pelas autoridades locais, depois que os 20 caminhões que levaram ajuda humanitária ao enclave concluíram o transporte.

Segundo declarou o presidente do Crescente Vermelho do Norte Sinai, Khaled Said, à Agência EFE, até o momento não se sabe quando a passagem vai ser reaberta.

Ele enfatizou que os suprimentos entregues ao lado palestino de Rafah são “apenas ajuda médica”, que nenhuma das remessas incluía combustível, e que não se sabe quando uma nova entrega de ajuda ao enclave palestino vai ser possível, nem quantos caminhões poderão entrar.

Ele afirmou brevemente que “não há informações sobre a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza” e que “nada se sabe ainda” sobre quando e como isso vai poder ocorrer.

Ajuda insuficiente

O vice-diretor do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários nos territórios palestinos, Andrea De Domenico, alertou que essa ajuda não vai ser suficiente para os palestinos em Gaza, onde vivem 2,3 milhões de pessoas, 1,4 milhão das quais, segundo essa agência da ONU, tiveram que sair de casa devido ao bombardeio israelense na parte norte da Faixa.

De Domenico disse que há “negociações” entre as partes envolvidas para tornar a entrega de ajuda “sustentável” ao longo do tempo.

Do lado egípcio de Rafah, os voluntários afirmaram que nenhuma ambulância ou caminhão de combustível entrou no local e a ajuda é fornecida pelo Crescente Vermelho egípcio e pelas ONGs que fazem parte da coalizão governamental Aliança Nacional para o Desenvolvimento Civil.

Resumo da guerra

A guerra entre Israel e os terroristas do Hamas, desencadeada em 7 de outubro, termina a segunda semana com um total de 5.537 mortos, segundo dados divulgados por cada um dos lados do confronto.

Em Israel, 1,4 mil pessoas foram assassinadas durante o ataque-surpresa promovido pelos extremistas islâmicos no último dia 7. Já o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que 4.137 pessoas morreram em decorrência do confronto.