Dois “grandes ataques aéreos” atingiram a Faixa de Gaza na manhã deste sábado (horário de Brasília), depois que 20 caminhões com ajuda humanitária foram autorizados a entrar em território palestino. Um deles aconteceu em Rafah, tendo como alvo o Departamento de Defesa Civil, o que deve tornar ainda mais difícil o resgate de pessoas dos escombros, apontou a rede árabe de TV Al Jazeera.
Na cidade de Gaza, em área conhecida como Al-Saraya, o local de uma feira anual de livros ficou completamente destruído, em um bombardeio que deixou muitos feridos nos arredores. Palestinos dizem que não há mais lugar seguro para onde possam fugir na região.
A passagem fronteiriça de Rafah, que liga o Egito à Faixa de Gaza, voltou a ser fechada depois que os caminhões levando ajuda humanitária a hospitais concluíram o transporte. Segundo declarou o presidente do Crescente Vermelho do Norte Sinai, Khaled Said, à agência EFE, até o momento não se sabe quando a passagem vai poder ser reaberta.
Said enfatizou que os suprimentos entregues ao lado palestino de Rafah são “apenas ajuda médica”, que nenhuma das remessas incluía combustível, e que não se sabe quando uma nova entrega de ajuda ao enclave palestino vai ser possível, nem quantos caminhões poderão entrar. Ele afirmou brevemente que “não há informações sobre a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza” e que “nada se sabe ainda” sobre quando e como isso pode ocorrer.
A guerra entre Israel e os terroristas do Hamas, desencadeada no último dia 7 de outubro, chega ao décimo quarto dia com um saldo de 5.785 mortos, de acordo com dados divulgados por cada um dos lados do conflito.
Em Israel, 1,4 mil pessoas foram assassinadas durante o ataque-surpresa promovido pelos extremistas islâmicos no último dia 7. Já o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que 4.385 pessoas morreram em decorrência do confronto.