Um projeto bem conhecido no Rio Grande do Sul por desmistificar a menopausa apresenta várias novidades neste mês de outubro. Além de se expandir para outras regiões do país, o Menopausa Sem Vergonha quer focar na criação de políticas públicas para mulheres nesta fase.
Para isso, a idealizadora do movimento, Márcia Selister, ganhou o apoio de vereadoras de Porto Alegre. O primeiro passo já foi dado nesta terça-feira, na reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, onde foram debatidas possíveis políticas públicas para mulheres no climatério e menopausa.
Ainda com o apoio da Câmara, o espetáculo Menopausa Sem Vergonha será apresentado no Teatro Glênio Peres, na próxima segunda-feira, às 19h. Após a apresentação, será realizado um debate com profissionais de saúde.
Estão confirmadas as participações da ginecologista Carla Vanin, da geriatra Berenice Werle, da sexóloga Suzane de Almeida, da psiquiatra Analuiza Camozzato, da fisioterapeuta Magda Furlanetto, da nutricionista Ana Ferrari e da educadora física Márcia Selister. A ideia é que as mulheres possam compartilhar suas vivências e receber orientações das profissionais.
Márcia destaca que é fundamental a criação de políticas públicas específicas para acolher e orientar mulheres que entram no climatério e na menopausa, já que os sintomas desse período afetam diretamente relações pessoais e profissionais. “Existem muitas possibilidades para amenizar os desconfortos, mas pouco é oferecido pelo sistema de saúde. A falta de orientação é tanta que muitas mulheres sequer associam os sintomas como depressão, cansaço e ansiedade ao climatério e à menopausa”, afirma.
Para ter mais apoio para sugerir políticas públicas, também estão sendo dados os primeiros passos para a criação da Associação Gaúcha Menopausa Sem Vergonha. O objetivo também é organizar uma audiência pública para ampliar o debate com toda a sociedade.
Conheça o Menopausa Sem Vergonha
O Menopausa Sem Vergonha leva informação por meio de um espetáculo divertido. O monólogo é encenado pela idealizadora do projeto e educadora física, Márcia Selister. Além de chamar a atenção das mulheres para a importância de se falar sobre climatério e menopausa, o movimento também aponta caminhos para a vivência dessa fase com mais saúde e bem-estar. No palco, Márcia mostra que envelhecer é um processo natural e fisiológico, mas que não precisa ser doloroso.
Novidades do espetáculo
A nova temporada começa com novidades. A interação com tantas mulheres mostrou o quando elas sentem falta de um espaço de escuta e compartilhamento de suas experiências. Por isso, o espetáculo ficou mais interativo e com mais tempo para a manifestação de quem está na plateia.
De uma forma leve e sem tabus, o monólogo retrata histórias reais do ciclo da mulher. São situações impossíveis de não gerar identificação, o que contribui para que elas se sintam à vontade para compartilhar dúvidas. “Meu propósito é levar alento e auxílio para que todas atravessem seus ciclos de forma leve e tranquila, repartindo e dividindo vivências e experiências”, diz Márcia.