Caso o número de parcelas sem juros no cartão de crédito fosse limitado, 72% dos comerciantes acreditam que teriam queda nas vendas. Já para os consumidores, 74% admitem que teriam que adiar sonhos financeiros caso não pudessem recorrer ao parcelamento das compras sem juros. É o que revela uma pesquisa do Instituto Locomotiva, com 1.000 brasileiros de todas as regiões do país, e 800 comerciantes formais e informais, com faturamento de até R$ 5 milhões sobre um possível teto para a taxa de juros no rotativo do cartão de crédito e efeitos no parcelamento sem juros.
As discussões sobre o parcelamento estão sendo feitas pelo Banco Central com representantes do varejo, bancos e cartões de crédito. Este tipo de compra é usada, principalmente, em compras de valores mais altos, como eletrodomésticos (geladeira, fogão, microondas), passagens aéreas/hospedagens e eletroeletrônicos (TV e computador). Entre os que relataram ter comprado eletrodomésticos, 76% disseram ter parcelado suas compras. Os índices foram também de 76% para passagens aéreas/hospedagens e de 71% para eletrônicos.
Conforme o levantamento, cerca de 80% dos consumidores brasileiros desistiriam da compra de alguns produtos e serviços se a empresa não desse a opção de parcelar sem juros, apurou o levantamento. Um percentual de 78% dos entrevistados informou que comprariam menos do que costumam atualmente, caso não fosse mais possível dividir sem juros, adiando os sonhos.
