Ajuda humanitária começa a chegar em Gaza na sexta-feira

Passagem de Rafah, na fronteira entre Egito e Israel, pode ser fechada caso sejam enviados itens aos terroristas do Hamas

Foto: Reprodução/X/@ICRC

Egito e Israel chegaram a um acordo na noite desta quarta-feira para a criação de um corredor de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. Mas a ajuda aos palestinos que vivem na região — que vem sendo constantemente bombardeada em retaliação aos ataques do Hamas em território israelense em 7 de outubro —, só deve começar a chegar na sexta-feira.

De acordo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, responsável por costurar o acordo entre os dois países, os 20 caminhões contendo itens de primeira necessidade como água e medicamentos terão que aguardar reparos de emergência na estrada que margeia a passagem humanitária, já que a área sofreu bombardeios recentes.

O corredor de ajuda também vai precisar seguir regras impostas pelos governos dos Estados Unidos e de Israel para continuar aberto.

Somente serão autorizados carregamentos que sejam exclusivamente de alimentos, água e medicamentos, destinados à população civil no sul da Faixa de Gaza ou que esteja em direção àquela área.

Nada que beneficie o grupo terrorista Hamas, que controla Gaza, vai ser permitido. “Qualquer ajuda que chegue ao Hamas vai ser bloqueada”, informou o governo israelense por meio de comunicado.

Israel também exige que a Cruz Vermelha tenha acesso aos cidadãos sequestrados no ataque de 7 de outubro — estima-se que sejam cerca de 200 pessoas.

Funcionários das Nações Unidas distribuirão a ajuda assim que ela chegar ao território onde vivem 2,3 milhões de pessoas. Biden, no entanto, advertiu que a passagem de Rafah deve ser novamente fechada “se o Hamas confiscar a ajuda humanitária”.