IGP-10 sobe 0,52% em outubro, diz FGV

Com o resultado, o indicador acumula variação de -4,65% no ano e de -4,88% em 12 meses

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou alta de 0,52% em outubro, comparado com elevação de 0,18% em setembro. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 17, pela Fundação Getúlio Vargas, com o indicador acumulando variação de -4,65% no ano e de -4,88% em 12 meses. Em outubro do ano passado, o índice tinha caído 1% no mês, mas acumulava elevação de 7,44% em 12 meses.

Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV/Ibre, a principal contribuição para do índice ao produtor no mês veio do preço do minério de ferro, que experimentou um significativo aumento de 7,31%. “Essa elevação foi impulsionada pela política de apoio econômico adotada pela China, que é o maior consumidor global desse produto”, afirmou em nota.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,61% em outubro, ante alta de 0,23% no mês anterior. Os preços dos Bens Finais variaram de -0,14% em setembro para -0,04% em outubro. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -1,29% para 0,66%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,36% em outubro. No mês anterior, a taxa caiu 0,51%.

A taxa do grupo Bens Intermediários recuou de 1,14% em setembro para 0,99% em outubro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 15,34% para 4,32%.

O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,37% em outubro, contra queda de 1,11%, no mês anterior. Já o índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de -0,44% em setembro para 0,84% em outubro. As principais contribuições para o avanço da taxa do grupo partiram dos itens: minério de ferro (2,81% para 7,31%), bovinos (-8,91% para -0,16%) e cana-de-açúcar (0,11% para 2,48%). Em sentido oposto, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: soja em grão (3,16% para -1,20%), mandioca/aipim (1,52% para -5,38%) e leite in natura (-5,67% para -6,52%).

IPC

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,25% em outubro, ante uma variação de 0,02% um mês antes. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (de -1,32% para 2,10%), Vestuário (de -0,36% para 0,04%), Despesas Diversas (de -0,27% para 0,00%), Alimentação (de -0,69% para -0,61%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,01% para 0,02%) e Comunicação (de 0,08% para 0,09%).

As principais contribuições para este movimento partiram dos itens: passagem aérea (de -9,14% para 13,96%), roupas (de -0,42% para -0,06%), serviços bancários (de -0,42% para 0,12%), aves e ovos (de -1,37% para -0,09%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,91% para -0,77%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de 0,01% para 0,26%).

Por outro lado, os grupos Transportes (de 1,19% para 0,44%) e Habitação (de 0,42% para 0,39%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação.

Nessas classes de despesa, as maiores influências partiram dos itens: gasolina (de 3,42% para 0,89%) e tarifa de eletricidade residencial (de 1,84% para 0,28%).

INCC

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,36% em outubro ante 0,18% em setembro. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de setembro para outubro: Materiais e Equipamentos (de -0,07% para 0,25%), Serviços (de 0,28% para 0,88%) e Mão de Obra (de 0,49% para 0,43%).