BC sugere limite de 12 parcelas para parcelamento sem juros

Sugestão seria um caminho para reduzir o risco de inadimplência

Cartões de crédito

Os cartões de crédito poderão ter um limite de 12 parcelas de parcelamento sem juros. Pelo menos esta é a proposta que está sendo apresentada pelo Banco Central para resolver o impasse em torno do tema. A sugestão foi apresentada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em reunião nesta segunda-feira, 16, com instituições financeiras e do comércio, em busca de um acordo entre os setores.

O Congresso aprovou lei que estabeleceu 90 dias de prazo para que o Conselho Monetário Nacional (CMN) defina um limite para os juros do rotativo do cartão. Caso não seja encontrada uma solução, a lei define que taxa do rotativo não poderá exceder o valor original da dívida, o que representa juros totais de 100%. A taxa média atual cobrada na modalidade está em 445,7% ao ano.

Pela proposta apresentada por presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, uma limitação do parcelado sem juros a 12 meses seria um caminho para reduzir o risco de inadimplência mas poderia afetar setores como os de materiais de construção e eletrodomésticos, que oferecem parcelamentos mais longos sem incidência de juros. Seria estabelecido ainda um teto para a tarifa cobrada no uso das “maquininhas”, em uma tentativa de baixar os juros do crédito rotativo.