Mercado reduz previsão de inflação para dentro da meta do CMN

Economistas reduziram a expectativa de inflação em 2023, que passou de 4,86% para 4,75%.

Os economistas do mercado financeiro reduziram a expectativa de inflação em 2023, que passou de 4,86% para 4,75%, chegando ao teto da meta prevista pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). As informações constam no Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, 16, pelo Banco Central com a estimativa de mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as previsões para a economia nacional. A última vez que a expectativa de inflação do mercado havia ficado dentro das metas fixadas para este ano havia sido em 15 de junho de 2022 (4,73%).

A meta central de inflação é de 3,25% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75% neste ano. A nova estimativa leva em conta a divulgação do resultado da inflação de setembro divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que somou 0,26%. Para o próximo ano, a estimativa de inflação ficou estável em 3,88%, para uma meta já prevista de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

PIB

Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o mercado financeiro manteve a previsão de crescimento estável, em 2,92%. Já para 2024, a previsão de permaneceu inalterada em 1,50%.  A estimativa de um crescimento maior acontece após o anúncio de que o PIB do segundo trimestre deste ano teve alta de 0,9%, bem acima das expectativas dos analistas. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.

Os economistas do mercado financeiro mantiveram as estimativas para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano e de 2024. Para 2023, o mercado financeiro manteve a projeção para a taxa Selic em 11,75% ao ano, chegando a 9% em 2024.

A projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2023 subiu de R$ 4,95 para R$ 5. Para o fim de 2024, ficou estável em R$ 5,02. Já para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu de R$ 72,1 bilhões para US$ 72,9 bilhões de superávit em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo recuou de US$ 61 bilhões para US$ 60,6 bilhões.