Israel vai dar armas a civis para defesa de cidades

Serão 347 novas unidades, que estarão compostas de 13,2 mil civis voluntários nas fileiras da polícia

A polícia israelense anunciou, nesta segunda-feira, que vai começar a armar civis para acelerar a resposta em caso de ataque ou situação de crise nas cidades do país, no décimo dia da guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas. O chefe da polícia, Kobi Shabtai, e o ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, “decidiram ampliar as unidades de participantes de urgência sob o patrocínio da polícia em todas as cidades”, segundo um comunicado comum, divulgado pela Agência France Presse (AFP).

As “347 novas unidades” estarão compostas de “13,2 mil civis voluntários nas fileiras da polícia, que serão recrutados e receberão um fuzil e equipamentos de proteção”, detalha a nota.

Há anos, as localidades nas fronteiras de Israel dispõem desse tipo de unidade, compostas de veteranos do Exército que recebem armas, formação e agem, em caso de ataques e situações de emergência, de maneira coordenada com o Exército e a polícia.

Israel está em guerra desde que o Hamas lançou, em 7 de outubro, um ataque sem precedentes contra localidades israelenses próximas da fronteira com a Faixa de Gaza, controlada pelo movimento islamista. Mais de 1,4 mil pessoas, a maioria civis, morreram no ataque do Hamas.

Os bombardeios do Exército israelense lançados em represália contra a Faixa de Gaza deixaram ao menos 2,75 mil mortos, a maioria civis e, entre eles, centenas de crianças, segundo as autoridades locais.