Hamas fala em libertar reféns estrangeiros quando ‘condições permitirem’

Grupo terrorista, que mantém cerca de 200 prisioneiros em Gaza, chamou estrangeiros de ‘convidados’ em vídeo difundido nesta segunda-feira

Foto: Reprodução/Telegram

O porta-voz militar do grupo terrorista Hamas, Abu Obeida, afirmou nesta segunda-feira, que há entre 200 e 250 reféns em Gaza. Ele ressaltou que não há uma contagem definitiva por causa das “dificuldades de segurança e práticas”, mas que 200 deles seguem nas mãos do grupo após o ataque lançado em 7 de outubro contra o território israelense.

Em comunicado transmitido pela TV local e pelo canal do Telegram do grupo, Obeida disse que cerca de 50 outros são mantidos por outras “facções de resistência e em outros lugares”.

Na mensagem, Obeida menciona que reféns estrangeiros são “nossos convidados” e promete protegê-los e libertá-los sempre que as “condições em campo permitirem”, informou reportagem do site Times of Israel. O porta-voz do Hamas declarou também que a ameaça de uma operação terrestre israelense em Gaza não assusta o Hamas. “Estamos prontos para isso”, disse.

Segundo o terrorista, um refém israelense morreu, nas últimas horas, em um bombardeio das forças do próprio país.

Em outro vídeo publicado no Telegram nesta segunda-feira, o Hamas mostrou uma refém israelense que pedia ajuda. A jovem conta que ficou gravemente ferida durante o festival de música eletrônica Universo Paralello, no qual 260 pessoas morreram em decorrência dos ataques do grupo terrorista.

Reféns militares
Em outra entrevista, Khaled Mashaal, ex-líder político do Hamas, disse que o grupo mantém “muitos reféns — incluindo altos-comandos — da Divisão de Gaza das IDF (Forças de Defesa Israelense)”.

Mashaal disse também que os palestinos não deixarão a Faixa de Gaza e que o deslocamento dos militantes pode prejudicar a segurança nacional egípcia, além de representar um perigo para a Jordânia. Isso, segundo ele, implica um êxodo em massa de palestinos para um país vizinho, o que pode estabelecer um precedente para a Cisjordânia.

O ex-líder político também elogiou o grupo terrorista Hezbollah, do Líbano, por “tomar medidas” contra Israel, observando, no entanto, que o Hamas precisa de mais apoio.

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