Com o desabamento de parte da estrutura da Plataforma de Atlântida, no Litoral norte gaúcho, a presidência da Associação dos Usuários da Plataforma Marítima da Atlântida, ASUPLAMA, informou que faltam recursos tanto para manutenção quanto reconstrução do local. Em entrevista hoje, na Rádio Guaíba, o presidente da entidade, José Luis Rabadan, declarou que um processo administrativo foi criado há três anos para facilitar o tramite de verbas, porém, não houve tempo suficiente para conseguir este dinheiro e iniciar as obras previstas.
“Nós nunca recebemos qualquer recursos da prefeitura. A prefeitura tem um processo de fazer destinação, só que o dinheiro para passar do público para o privado tem alguns empecilhos, por conta de legislação, então eles não tem como passar o dinheiro a não ser que seja feito um mecanismo como um termo de ajustamento de conduta. Este processo que foi iniciado há três anos atrás, mas infelizmente a gente não conseguiu concluir ele a tempo”, explica Rabadan.
Já o monitoramento da estrutura era feito pela Associação. Na quarta-feira, 11, locais com rachaduras e danos estruturais foram detectados e áreas foram isoladas. Já na sexta-feira, 13, a estrutura apresentou mais problemas e todo o local foi interditado. A queda de parte da estrutura ocorreu na madrugada do domingo, 15.
Não há um orçamento atualizado para reconstrução da estrutura. O presidente da ASUPLAMA informou que no ano passado apenas para reformas na área do restaurante, eram previstos investimentos de mais de R$ 800 mil. Uma reforma foi iniciada pela Associação e custou em torno de R$ 350 mil, mas está parcelada e ainda não foi quitada. A obra não foi suficiente para evitar o ocorrido.
Rabadan tem esperança de que a plataforma seja reconstruída e que a comunidade e os órgãos públicos venham a ajudar nesta ação. Neste domingo o Prefeito de Xangri-lá, Celso Barbosa, lamentou o ocorrido. A orientação da prefeitura é que os banhistas evitem entrar na água próximo ao local do desabamento.