A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) confirmou, nesta sexta-feira, o quinto foco de gripe aviária no Rio Grande do Sul desde maio deste ano. A doença, provocada pelo vírus H5N1, acometeu uma ave silvestre, encontrada morta na praia do Mar Grosso, em São José do Norte.
Em menos de dez dias, quatro focos foram confirmados e seguem em aberto no litoral gaúcho, contabilizando três situações que vitimaram leões e lobos marinhos em Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e Torres. A Seapi reitera que a notificação não altera a condição sanitária do Rio Grande do Sul e do país, e que não há risco para consumo de carnes e ovos, uma vez que a doença não afetou aves de produção comercial.
Na praia do Mar Grosso, o vírus infectou um exemplar da espécie trinta-réis-real. O Serviço Veterinário Oficial (SVO-RS) atendeu a notificação, na terça-feira, e enviou a amostra colhida ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), que comprovou a contaminação.
O primeiro foco registrado neste ano, em maio, junto à reserva do Taim, também em Santa Vitória do Palmar, já era considerado encerrado quando os demais surgiram, em início de outubro.
De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, com a confirmação desse quinto caso, as equipes da Seapi atuarão na vigilância ativa, monitorando um raio de três quilômetros a partir do foco, conforme recomenda o protocolo de segurança do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
No país, 124 focos foram confirmados, neste ano, em animais silvestres e três em aves de criação doméstica, somando 127 ao todo.
Mais de 300 animais mortos ou doentes
Até o momento, foram contabilizados 311 animais encontrados mortos ou doentes, entre mamíferos aquáticos e aves silvestres, nos municípios de Imbé, Mostardas, Palmares do Sul, Pelotas, Pinhal, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, São José do Norte, Tavares e Torres. A partir de agora, conforme orientação do Mapa, não serão mais realizadas coletas em leões-marinhos, lobos-marinhos e trinta-réis-real, apenas se uma nova espécie de animal apresentar sintomas de H5N1.
Considerada uma doença viral altamente contagiosa, a Influenza aviária afeta, principalmente, aves, mas também pode infectar mamíferos, cães, gatos, outros animais e seres humanos, embora com menor assiduidade.
Todas as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em animais, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou do Whatsapp (51) 98445-2033.