A especialista da ONU em populações deslocadas declarou-se “horrorizada”, depois que Israel ordenou que mais de um milhão de pessoas deixem o norte de Gaza, nesta sexta-feira, o que configura um crime contra a humanidade, afirmou.
“Estamos horrorizados com a ideia de que 1 milhão de palestinos se somem às 423 mil pessoas já expulsas de suas casas pela violência da semana passada”, disse a colombiana Paula Gaviria Betancur, relatora especial das Nações Unidas sobre os direitos humanos dos deslocados. As declarações foram veiculadas pela Agência France Presse (AFP).
“É inconcebível que mais de metade da população de Gaza possa cruzar uma zona de guerra em andamento sem consequências humanitárias devastadoras, ainda mais quando estão privadas de bens e serviços essenciais”, advertiu a especialista.
O deslocamento forçado da população “constitui um crime contra a humanidade e a punição coletiva é proibida pelo direito internacional humanitário”, reforçou.
Os relatores especiais da ONU são voluntários independentes com mandato do Conselho de Direitos Humanos. Embora não falem em nome da ONU, eles remetem comunicados e conclusões à organização.
