O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil, de 0,26% em setembro e de 5,19% no acumulado de 12 meses veio abaixo das expectativas de analistas do mercado. O indicador divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tinha uma projeção variando de 0,24% a 0,40% na base mensal e de 5,16% a 5,31% na comparação anual.
A avaliação do resultado apontou uma melhora consistente da inflação, qualitativamente melhor do que o esperado, com destaque para o setor de transporte, em especial pela variação da gasolina, que veio com alta de 2,8%. Dos nove grupos e serviços observados na pesquisa divulgada pelo IBGE, seis demonstraram avanços em setembro.
SETOR DE SERVIÇOS
O segmento de serviços, ainda que tenha apresentado números abaixo do esperado, continua preocupando analistas por seguir em alta, considerando o acumulado dos últimos 12 meses. Em agosto, o setor apresentou alta de 0,08% e, nos dados apresentados, cresceu 0,50%. Se desconsiderarmos as passagens aéreas, a inflação de serviços teria sido de 0,30%, em linha com os últimos meses.
Na avaliação do mercado, a variação dos preços dos combustíveis deve seguir puxando inflação, em um comportamento que ainda monitora os efeitos da guerra entre Israel e o Hamas. Ainda que os preços do petróleo tenham se estabilizado, ainda é necessário acompanhar o possível impacto.
Não bastasse isso, a expectativa é que na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontecerá em 31 de outubro e 1º de novembro, o regime de cortes de 50 pontos-base se mantenha com o dado divulgado hoje. Em esta estimativa não considera os efeitos da Guerra de Israel e da política monetária nos EUA.