A dívida pública bruta do Brasil vai subir de 85,3% do PIB em 2022 para 88,1% do PIB em 2023. A estimativa é do Fundo Monetário Internacional (FMI), em seu relatório Monitor Fiscal, projetando que o indicador seguirá em alta nos cinco anos seguintes, até bater em 96% do PIB em 2028. As informações são inferiores as previstas pelo fundo e revelam que o novo arcabouço fiscal não vai estabilizar a dívida como proporção do PIB nos próximos cinco anos.
A dívida bruta brasileira deve ficar em 68,3% do PIB em 2023, segundo o FMI. Entre 36 países para os quais há projeções do FMI, o endividamento bruto do Brasil é o terceiro maior, junto com a Ucrânia e ficando atrás apenas dos 92,7% do PIB do Egito e dos 89,5% do PIB da Argentina. Os dados, divulgados no encontro anual da instituição com o Banco Mundial em Marrakesh, no Marrocos, revelam a dívida bruta do país por um critério diferente do usado pelas autoridades brasileiras.
Enquanto o Fundo inclui na sua estimativa os títulos públicos que estão na carteira do Banco Central (BC), a autoridade monetária brasileira não os considera na conta. Pelo conceito do BC do Brasil, a dívida bruta ficou em 74,4% do PIB em agosto. No fim do ano passado, fechou em 72,9% do PIB. Em relação à projeção de abril, o Fundo elevou a estimativa de expansão da economia brasileira de 2023 de 0,9% para 3,1% – em julho, já havia aumentado a previsão para 2,1%. A estimativa para 2024 é de um avanço do PIB de 1,5%, número um pouco superior ao 1,2% projetado em julho.