Para tentar barrar celular em presídios, governo quer tirar pontos de energia e tomadas de celas

Norma determina ainda que itens como chuveiros metálicos e luminárias também não possam ser instalados nos cárceres 

Foto: Arquivo/Agência Brasil

O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, órgão ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, estabeleceu medidas para eliminar tomadas e pontos de energia do interior e das proximidades de celas dos presídios do Brasil. A medida aparece no Diário Oficial da União desta quarta-feira.

A medida busca inibir o uso de aparelhos celulares no interior das unidades prisionais e determina que outros itens também não possam ser instalados dentro nem próximo aos cárceres:

• registros, torneiras, válvulas de descarga de latão ou metálicas;
• chuveiros metálicos;
• luminárias sem grade protetora;
• azulejos e cerâmicas;
• todo objeto que possa se transformar em arma ou servir de apoio ao suicídio.

A resolução determina que a disponibilidade de tomadas e pontos elétricos para os presos deve obedecer às normas brasileiras de segurança e servir à realização de direitos fundamentais não atingidos pela sentença condenatória. Toda proibição de acesso às tomadas e pontos elétricos deve ser devidamente justificada pela autoridade penitenciária.

Ainda segundo o texto, é recomendado ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen) que quaisquer projetos de construção de unidades prisionais tenham como requisito vedar a existência de tomadas ou pontos de energia elétrica no interior e nas proximidades das celas.

A norma recomenda aos departamentos penitenciários dos estados e do Distrito Federal que elaborem, em até 60 dias, um programa de mapeamento e supressão gradativa desses pontos do interior e das proximidades das celas, salvo em casos de necessidade provisória a critério da administração prisional. Nesses casos, os planos devem ser executados dentro dos 120 dias seguintes.