Nesta quarta-feira, 11, os olhares do mercado econômico estarão voltados para a divulgação do principal indicador no cenário doméstico. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro terá seus números apresentados às 9h, com expectativa de alta de 0,34% comparado com agosto e de 5,27% frente setembro de 2022. As projeções dos analistas variam de 0,24% a 0,40% na base mensal e de 5,16% a 5,31% na comparação anual.
Nos dados do núcleo da inflação, a expectativa é de desaceleração na margem, ainda que os preços de aluguel e taxas de condomínio devam apresentar elevação. O crescimento subjacente de serviços e industriais deve trazer avanço de 3,6% e 2,3%, na visão de analistas. Outros pontos destacados como responsáveis pela elevação do índice estão as passagens aéreas, diesel e a parte de energia. A alimentação, por sua vez, deve vir com deflação, tanto no domicílio quanto fora.
IMPACTOS
Analistas consideram que o impacto potencial do fenômeno El Niño, para a produção agrícola, pode preocupar para os próximos dados, além de um possível aumento nos preços dos combustíveis, como chegou a prever o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, depois de uma cerimônia em comemoração aos 70 anos da companhia. O conflito entre Israel e o Hamas poderá, dependendo dos desdobramentos, ser outro fator de justificativa para o aumento.
As ações da Petrobras acumulam valorização de 77% em 2023, tendo conquistado novo impulso com a disparada do preço do barril do petróleo no mercado internacional, com o início do conflito entre Israel e o Hamas. Depois de saltar 4,3%, os papéis da estatal voltaram para um desempenho positivo nesta terça-feira, 10, fechando com alta de 0,74%, indo aos R$ 35,21. Entretanto, ao longo do pregão, na máxima do dia, as ações bateram nos R$ 35,34 – marcando a nova máxima histórica do papel.