Grandes nomes da saúde debatem desafios da área no Tá na Mesa

Segunda edição da programação especial de 30 anos do evento reuniu médicos

Da esquerda para direita Gilberto Schwartsmann, Maira Caleffi, Rodrigo Costa e Fernando Lucchese Crédito: Rosi Boni/Divulgação

A saúde pública e privada foram foco de debates do Tá na Mesa Especial 30 anos nesta quarta-feira, 11, que teve como convidados o diretor dos hospitais São Francisco e Santo Antônio, os médicos Fernando Lucchese; a chefe do Núcleo da Mama do Hospital Moinhos de Vento e presidente do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul, Maira Caleffi e do diretor médico e sócio-fundador do Instituto de Oncologia Kaplan, Gilberto Schwartsmann.

Na abertura do evento, o presidente da FEDERASUL, Rodrigo Sousa Costa, destacou os convidados e a classe médica gaúcha que, segundo ele, “vem se destacando pela excelência de seus profissionais”. Os médicos revelaram que a prevenção do câncer, que praticamente não existe no País, custa sete vezes menos do que o tratamento da doença avançada.

OUTUBRO ROSA

A primeira a falar foi a mastologista Maira Caleffi, que focou sua apresentação na defesa da saúde da mulher e na prevenção do câncer de mama. Segundo números apresentados pela médica, no mundo todo, soma 2,3 milhões novos casos no último ano, sendo que no triênio 2023-2025, somente no Brasil, atingirá 704 mil mulheres.

Caleffi afirmou que o diagnóstico precoce é um importante fator para “fechar a torneira” de casos mais graves. “Falta um programa de rastreio”, defendeu a mastologista, que também afirmou que é necessário ajudar o SUS a melhorar a gestão pública, além de “trocar o mindset” de visão de custo para investimento em saúde. “Toda vez que um tratamento falha, ele vira custo”, afirmou.

“Meu Rio Grande de volta”

O cardiologista Fernando Lucchese iniciou sua fala celebrando as contribuições do Complexo Hospitalar Santa Casa por meio de seus hospitais, que receberão um acréscimo importante com a inauguração do Hospital Nora Teixeira, prevista para a próxima semana. “Já recebemos pacientes de 26 estados, elevamos a fronteira do RS. Esse é o protagonismo que queremos”, afirmou.

Lucchese também salientou a desaceleração do desenvolvimento do Estado nas últimas décadas. “Eu quero de volta o meu Rio Grande, do protagonismo, dos melhores indicadores”, afirmou.

INFORMAÇÃO

Já o oncologista Gilberto Schwartsmann destacou a responsabilidade de todos, incluindo do empresariado, na conscientização e prevenção para a saúde dos gaúchos. “Quem gosta da vida, tem que cumprir sua parte”, afirmou. Schwartsmann ressaltou também a importância do controle do tabaco, do colesterol, da pressão e câncer, entre outras doenças, por meio da informação. “É preciso informar, nosso País é muito cruel. É um abismo social e de informação”, afirmou o oncologista.