MPEs recuperaram fôlego, indica Serasa Experian

Variação anual mostrou que, no geral, a alta das empresas brasileiras foi de 10,1%

Crédito: Freepick

A busca das companhias por recursos financeiros em agosto, no comparativo com o mesmo mês de 2022, registrou uma alta de 10,1%. É o que revela o Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian. Esse número é o mais alto de 2023 até agora, após reações tímidas e quedas acentuadas nos meses anteriores. Na visão por porte das empresas, as “Micro e Pequenas” (MPEs) registraram o maior número desde maio de 2022 (10,2%) e ultrapassaram as “Grandes” (9,8%).

A queda de juros e da inflação ilustraram o primeiro semestre do ano e possibilitaram que os consumidores pudessem também sanar suas dívidas negativadas e gerar uma estabilidade na inadimplência. Esses pagamentos indubitavelmente são destinados a empresas que ganham mais caixa e fôlego para liquidarem seus próprios débitos”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

DÍVIDAS

A média das dívidas mais contempladas entre janeiro e junho de 2023 foram aquelas que possuíam até 30 dias de vencimento (57,1%) e as de até 60 dias (42,9%). Em seguida, ficaram as dívidas com idades de 90 dias (30,2%), depois as de 180 dias (23,4%) e as com 1 ano (20,8%). As mais antigas, vencidas há mais de um ano, foram menos contempladas (9,2%).

Na visão por valor dos débitos, no primeiro semestre, a maior taxa média de pagamentos foi das contas negativadas de até R$ 500 reais (49,9%) e a menor de R$ 2 mil a R$ 10 mil (41,7%). O setor de “Varejo” teve a maior média de pagamentos de dívidas atrasadas entre janeiro e junho deste ano (53,0%) e “Telefonia” o menor (12,9%).

Ainda segundo o Indicador de Recuperação de Crédito das Empresas da Serasa Experian, o Piauí registrou a maior taxa média de recuperação de crédito no primeiro semestre de 2023, juntando-se a Paraíba, Maranhão, Acre de Mato Grosso como o top 5 do ranking. A taxa do Rio Grande do Sul é de 45,3% no período.