O gaúcho Ranani Glazer, considerado desaparecido desde o fim de semana, em Israel, teve o corpo identificado nesta terça-feira (horário local). Fontes ligadas à família da vítima confirmaram que o jovem, de 24 anos, está morto. O ataque, perpetuado pelo grupo extremista Hamas, teve como alvo uma festa rave na região da Faixa de Gaza. Mais de 260 corpos foram retirados do local.
Nascido em Porto Alegre, Ranani chegou a se abrigar em um bunker com a namorada e um amigo, tentando fugir dos tiros e disparos de foguetes. Rafaela Treitsman relatou os momentos dramáticos ao portal R7. Ela contou que perdeu o contato com Ranani enquanto se protegiam.
“Começaram a entrar muitas pessoas. Não tinha espaço para a gente se mexer. Começamos a ficar desesperados. Os terroristas se aproximaram, explodiram bombas e várias bombas de gás. Em alguns momentos, eu respirava, em outros não tinha como”, relembrou ela, nesta segunda-feira.
“Nos defendemos com os corpos de quem já tinha morrido. Eu desmaiava, acordava, e perdi ele de vista”, contou. Depois dos bombardeios, um oficial do Exército de Israel se aproximou. “Nos deram água e fruta e nos levaram de ambulância direto ao hospital.”
Além de Rafaela, um amigo do casal, Rafael Zimmerman, também conseguiu sobreviver. O jovem, que teve o nome confirmado pelo Itamaraty como sendo o único brasileiro que precisou ficar hospitalizado em Israel, recebeu alta nesse domingo. De acordo com o governo federal, além do gaúcho, outros dois cidadãos do Brasil seguiam desaparecidos, nesta segunda-feira.
Ranani Glazer era entregador e vivia em Israel desde 2016.