BC eleva inflação de 2024 e mantém estável o indicador para este ano

Projeção para o próximo ano é de 3,88%, e alta para 2024 em 4,86%

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Os economistas do mercado financeiro manteviveram estável a estimativa de inflação para 2023, em 4,86%, assim como elevaram levemente a expectativa de inflação em 2024, que passou de 3,87% para 3,88%. As informações constam no relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, 9, pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia.

Se confirmada as estimativa, o índice ainda ficará acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3,25% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75% neste ano. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) já definiu que a meta será de 3% e considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Para o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o mercado financeiro manteve a previsão de crescimento estável, em 2,92%. Já para 2024, a previsão de crescimento da economia do mercado financeiro permaneceu inalterada em 1,50%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.

No caso da taxa Selic, os economistas do mercado financeiro mantiveram as estimativas para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano, de 11,75%, e de 2024. Atualmente, a taxa Selic está em 12,75% ao ano, após duas reduções seguidas promovidas pelo Banco Central.

Para o dólar, a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2023 subiu de R$ 4,95 para R$ 5. Para o fim de 2024, ficou estável em R$ 5,02. Já para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu de R$ 72,1 bilhões para US$ 72,9 bilhões de superávit em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo recuou de US$ 61 bilhões para US$ 60,6 bilhões.