As retiradas nas cadernetas de poupança superaram os depósitos em R$ 86,12 bilhões no acumulado de janeiro a setembro deste ano. A informação foi divulgada pelo Banco Central nesta sexta-feira, 6, e reflete um cenário de taxa Selic de 12,75% ao ano. Somente em setembro, os saques da poupança somaram R$ 5,83 bilhões, um recuo na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando houve a entrada de R$ 5,9 bilhões.
Apesar disso, a saída de recursos da poupança teve queda na comparação com mesmo período do ano passado quando R$ 91,07 bilhões deixaram a modalidade de investimentos. No acumulado do ano os depósitos somaram R$ 2,81 trilhões para um total de retiradas de R$ 2,9 trilhões. Com a saída de recursos da poupança no mês passado, o estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado, registrou queda para R$ 968,3 bilhões em setembro. Em agosto, o volume total havia sido de R$ 969,12 bilhões.
No mês passado foram aplicados na poupança R$ 306,152 bilhões, enquanto R$ 311,988 bilhões foram sacados pelos brasileiros. Considerando o rendimento de R$ 6,151 bilhões, o saldo total da caderneta somou R$ 968,327 bilhões ao final de setembro.
Com apenas um mês em 2023 com resultado positivo (junho), o saque acumulado da poupança é de R$ 86,128 bilhões neste ano. A aplicação vem perdendo recursos em série desde 2021, afetada pela inflação elevada, o endividamento das famílias e os juros altos. Em 2022, o saldo foi negativo em R$ 103,237 bilhões, o pior ano na história da poupança, cuja série foi iniciada em 1995.