Dobra o número de acidentes com mortes de idosos em Porto Alegre

Até agosto deste ano, já foram registrados 16 óbitos, enquanto em 2022 foram oito no mesmo período

Foto: Ricardo Giusti / Correio do Povo

O número de mortes de idosos em acidentes de trânsito, principalmente atropelamentos, dobrou neste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) mostram que, até agosto de 2022, foram contabilizados oito óbitos, enquanto até agosto deste ano já foram 16 registros.

A incidência destas ocorrências com o público de mais de 60 anos é motivo de preocupação. O presidente da EPTC, Pedro Bisch Neto, diz que os acidentes com mortes do público geral reduziram aproximadamente 12%. “Neste ano tivemos 42 vítimas e no ano passado, no mesmo período, foram 48”, salienta.

Apesar dessa diminuição no geral, quando o público em questão é o idoso os números assustam. “Nosso cuidado número um é com relação aos pedestres, e o público de maior incidência é o público 60+. Porque as pessoas de mais idade têm mobilidades, sentidos, como audição e visão, prejudicados. Por isso, é um público prioritário e damos atenção total na educação, com vistas a preservar a vida dessas pessoas.”

De acordo com Neto, os familiares, conhecidos ou cuidadores devem estar atentos. “A pessoa de idade naturalmente tende a ser um alvo mais fácil para o acidente, por isso é preciso ter essa atenção. Foram 16 vítimas num universo de 42”, acrescenta o presidente da EPTC.

Outubro é considerado o mês do idoso e, para continuar falando sobre os cuidados no trânsito, o presidente da EPTC diz que um material educativo está sendo preparado para abordar a temática e tentar reduzir tais índices. “Precisamos focar nessa questão dos idosos, porque se a gente quiser garantir números que até o final do ano sejam declinantes, como parecem que estão sendo, temos que focar onde está havendo a maior falha”, acrescenta.