A arrecadação do setor de seguros deverá fechar o ano com um crescimento de 9,4% sobre 2022, percentual inferior aos de 10,1% previstos anteriormente. A revisão foi feita pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e aconteceu diante de projeções mais baixas para os seguros de pessoas, o que engloba o seguro de vida e da previdência privada. Conforme o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, a previdência privada tem um peso maior nessa redução, devido ao tamanho do segmento dentro do setor.
A projeção anterior da entidade para o segmento de previdência privada era de crescimento de 7,7% neste ano, e agora, passou a ser de 6,1%. Nos seguros de pessoas, a expectativa de crescimento caiu de 10,1% para 6,3%, ambos sobre o ano passado.
“Estamos aumentando a projeção para danos, e reduzindo o de vida e previdência. No caso da previdência, ainda estamos em um momento de comprometimento de renda elevado, inadimplência elevada, com a população ainda se recuperando em termos de emprego e efeitos da pandemia”, disse.
Oliveira disse que tanto a CNseg quanto o mercado financeiro estavam errados quanto às projeções para este ano, embora a entidade estivesse mais otimista com a economia brasileira desde o final do ano passado. “Naquela época, a expectativa geral do mercado era de 0,7%, e a CNseg foi a primeira instituição que jogou uma previsão de crescimento acima de 2%.”