O setor distribuidor de veículos elevou nesta terça-feira as projeções para as vendas de automóveis e comerciais leves em 2023. A estimativa é da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em relatório divulgado nesta terça-feira, 3, depois de resultados positivos alcançados com o programa de incentivo do governo federal. A entidade estima que os licenciamentos de carros e comerciais leves passaram de estabilidade, quando foi divulgada em janeiro, para alta de 7,3%, a 2,1 milhões de unidades. Já a expectativa para vendas de caminhões acabou evoluindo para queda de 20% a 23%, para cerca de 96 mil veículos, comparado com a projeção inicial de estabilidade neste ano.
A Fenabrave estimou ainda que as vendas de ônibus devem subir cerca de 18,2% este ano, para 26 mil unidades, melhora ante a expectativa de janeiro de crescimento de 4,5%. A entidade citou que o desempenho mais recente do segmento é fruto da recuperação do setor rodoviário e de fretamento, e à velocidade e eficiência na implantação do Programa Caminho da Escola”.
MERCADO
Os emplacamentos de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus em setembro, conforme a Fenabrave, caíram 4,8% na comparação com agosto, apresentando pequena alta de cerca de 2% na relação anual, para 197,7 mil unidades. A queda nas vendas ocorreu por “número menor de dias úteis”, três, ante agosto, com o mercado mostrando recuperação nos licenciamentos por dia útil, segundo a entidade.
A média de emplacamentos diários de automóveis e comerciais leves foi de 9.372 unidades em setembro comparado com 8.560 em agosto, um aumento de quase 9,5%. No acumulado do ano, as vendas de veículos novos registram alta de 8,45%, a 1,63 milhão de unidades. O segmento de carros e comerciais leves eletrificados mostrou salto de 32,3% na comparação com setembro de 2022, com vendas de 8.458 unidades. No ano, o segmento mostra aumento de quase 68%.
Já o segmento de caminhões segue mostrando fraqueza, com os licenciamentos recuando 23,8% sobre setembro de 2022 e caindo 5,8% sobre agosto deste ano, apesar do programa do governo federal de incentivo às vendas. No ano, o segmento acumula baixa de 17,5%, o único entre os acompanhados pela Fenabrave a permanecer no vermelho.
