Fecomércio-RS divulga segunda edição da pesquisa de Sondagem Atacadista

Estudo aborda aspectos da situação atual dos negócios e também as expectativas do segmento

Foto: Pedro Revillion / CP Memória

Quase 70% (69,6%) das empresas atacadistas do Rio Grande do Sul têm as finanças separadas entre as empresas e seus sócios. É o que revela a Sondagem Atacadista de 2023, realizada entre 10 de agosto e 08 de setembro de 2023 pela Fecomércio-RS, ao avaliar o âmbito da gestão financeira das empresas. Em 10,4% dos casos a contabilidade se mistura e 20,0% não souberam responder.

A frequência da análise das finanças pode ser considerada adequada para 66,2% dos casos; entre os demais, 24,7% indicaram não analisar regularmente e 9,1% não souberam informar. Dos que realizam análise, 97,4% elaboram estratégias para alavancar vendas. É possível verificar ainda questões relacionadas a situações de captação de crédito e endividamento.

A amostra foi composta por 37,9% do atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, 20,5% do atacado especializado em outros produtos e 19,5% do comércio atacadista não especializado, com os demais 22,1% distribuídos entre outras atividades atacadistas. Em termos de gestão de estoques e vendas, a vasta maioria (96,6%) afirmou que realiza o controle informatizado das vendas e dos estoques e 77,1% responderam que o acompanhamento do desempenho das vendas é contínuo. Em 19,5% dos casos o acompanhamento é esporádico e 3,4% não realizam. A definição de novos produtos é feita, predominantemente, via análise de mercado (72,2%), mas também são identificadas outras formas na pesquisa.

VENDAS

De acordo com 76,9% dos entrevistados, o desempenho das vendas nos últimos 6 meses pode ser considerado bom; para 12,2% este desempenho é mais que bom e para 10,9% foi regular e ruim. Para 84,2% dos entrevistados as vendas atingiram as expectativas e 5,2% indicaram que houve superação das expectativas. Na percepção do segmento, os principais empecilhos ao crescimento das vendas foram o baixo crescimento da economia brasileira (34,8%) e a carga tributária (34,5%); o alto custo dos estoques aparece em seguida, sendo o terceiro entrave mais citado (26,2%).

Já com relação às expectativas, 51,4% esperam que as vendas se mantenham estáveis nos próximos meses e 45,2% têm perspectiva de melhora. Apenas 3,4% esperam que o quadro de vendas piore. Já para o quadro de funcionários, 46,2% esperam que não se altere (permanecer o mesmo) e 16,1% afirmaram pretensão de aumentar. Somente 0,3% esperam diminuir; 37,4% dos entrevistados não souberam afirmar. A sondagem também identifica que 65,2% têm pretensão de investir na própria empresa nos próximos seis meses.

“Vemos, de maneira geral, um empresariado atacadista que acredita num futuro melhor. Isso é fundamental para a dinâmica da produção, do emprego e do investimento. Quando o empresário deixa de acreditar num amanhã melhor a economia começa andar para trás”, comentou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.