Dados do Caged e balança comercial marcam começo da semana na economia

Analistas de mercado apontam para uma abertura líquida de 173 mil postos formais de trabalho

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Enquanto a semana passada na economia foi marcada pela divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), onde o Banco Central reforçou a continuidade de cortes da Selic em 0,5 ponto percentual e o IPCA-15 em linha com as expectativas, os próximos dias se voltam para  indicadores da atividade econômica. Nesta segunda-feira, 2, será realizada a divulgação da balança comercial e os dados do Caged sobre geração de emprego formal, bem como o MInistyé de setembro da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Os números sobre a criação de vagas formais e demais dados da indústria do trabalho estavam com divulgação prevista para 28 de setembro, mas foram adiados. Analistas de mercado apontam para uma abertura líquida de 173 mil postos formais de trabalho, podendo variar 134 mil a 209 mil vagas de emprego no mês passado. Muitos avaliações projetam a criação líquida de 189 mil empregos formais, ante 142 mil em julho. Se confirmada, a criação de empregos formais atingirá 68 mil, ante 93 mil no mês anterior.

O mercado estima que os dados da balança comercial a serem divulgados nesta segunda-feira deverão registrar exportações de US$ 29,2 bilhões, beneficiadas por produtos agrícolas, principalmente milho e petróleo, enquanto as importações devem alcançar US$ 19,9 bilhões. Como resultado, se confirmado, o superávit comercial em 12 meses deve atingir US$ 85,8 bilhões (de US$ 61,5 bilhões em 2022), com o valor do superávit de 3 meses chegando a US$ 101,7 bilhões.

A semana, entretanto, começa com as expectativas de analistas ouvidos no Relatório Focus, do Banco Central, no começo da manhã desta segunda-feira. Já na terça-feira (3), haverá a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor, pelo FIPE, e os dados da Pesquisa Industrial Mensal, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

As estimativas para a produção industrial do IBGE remetem para um crescimento de 0,5% ao mês (+1,0% na comparação anual) para o índice geral, com expansão tanto na fabricação (+0,9% em relação ao mês anterior; -0,2% na comparação anual) quanto nos segmentos de mineração/extrativa (+0,6% em relação ao mês anterior; +8,6% na comparação anual).

Na sexta-feira, 6, está prevista a divulgação do IGP-DI mensal e anual, quando é esperada uma alta de 0,16% e queda de 5,6%, respectivamente. Além disso, haverá também a apresentação, pela Anfavea, da produção e venda de veículos em setembro.

MERCADO INTERNACIONAL

Na agenda internacional, o mercado espera os números oficiais de emprego nos Estados Unidos ao longo de toda a semana. Na sexta-feira, dia 6, o payroll deve concentrar as atenções dos agentes. O tom mais firme do Federal Reserve (Fed) na última reunião de política monetária se deve aos sinais fortes da economia norte-americana. A semana começa com a divulgação de dados do índice PMI S&P Global e índice da indústria da transformação, ambos na segunda-feira. Os mesmos indicadores, referentes a setembro, serão divulgados pela Alemanha, Reino Unido e Zona do Euro.

Na quinta-feira, 5, serão divulgadas a balança comercial dos EUA e os dados semanais de pedido de auxílio de desemprego, que servem como boa métrica do mercado de trabalho por lá e, por consequência, a temperatura da economia.