Déficit primário do setor público em agosto chegou a R$ 22,8 bilhões, revela BC

Em julho este desempenho deficitário havia sido de R$ 35,8 bilhões

Crédito: Freepick

O setor público consolidado, que inclui o Governo Central, Estados, municípios e estatais, exceto Petrobras e Eletrobras, encerrou o mês de agosto com um déficit primário acima de R$ 22,8 bilhões, após desempenho deficitário de R$ 35,8 bilhões de julho. Conforme o Banco Central, divulgado nesta sexta-feira, 29, o resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida pública, e é o melhor desempenho das contas consolidadas para o mês desde 2021, quando chegou a um superávit de R$ 16,7 bilhões). Em agosto de 2022, houve déficit primário de R$ 30,2 bilhões.

No mês, o resultado fiscal foi composto por um déficit de R$ 26,1 bilhões do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS). Já os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 2,4 bilhões em agosto. Os Estados registraram um superávit de R$ 1,8 bilhão, os municípios tiveram resultado positivo de R$ 654 milhões, enquanto as estatais chegaram a um resultado positivo de R$ 866 milhões.

ACUMULADO

De acordo com dados do BC, as contas do setor público acumularam um déficit primário de R$ 79,0 bilhões no ano até agosto, o equivalente a 1,12% do Produto Interno Bruto (PIB). As empresas estatais registraram um resultado negativo de R$ 1,5 bilhão no ano até agosto. A autoridade monetária revela que o setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 73,0 bilhões em 12 meses finalizados em agosto, sendo que até julho, o déficit acumulado era de R$ 80,5 bilhões.

Conforme o BC, a dívida pública brasileira cresceu pelo segundo mês consecutivo em agosto, alcançando R$ 7,7 trilhões no mês passado, o que representa 74,4% do Produto Interno Bruto (PIB) – contra 74,0% em julho.