IGP-M acelera para alta de 0,37% em setembro, diz FGV

Em agosto o indicador teve deflação de 0,14%

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O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,37% em setembro, após deflação de 0,14% em agosto. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 28, pela Fundação Getulio Vargas (FGV) fruto da aceleração do índice entre seus componentes. O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) avançou 0,41%, após deflação de 0,17% no mês anterior. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais caiu 0,69% em agosto. No mês anterior, a taxa do grupo havia caído 1,06%. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -7,71% para -0,95% no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,29% em agosto, após queda de 0,47% no mês anterior.

A taxa do grupo Bens Intermediários registrou nova queda, agora com menor intensidade, passando de -1,19% em julho para -0,22% em agosto. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de -1,13% para 3,45%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,79% em agosto, contra queda de 1,20% em julho.

O estágio das Matérias-Primas Brutas variou 0,42% em agosto, após registrar queda de 0,90% em julho. Contribuíram para a inversão da taxa do grupo os seguintes itens: soja em grão (0,03% para 5,63%), café em grão (-13,63% para -3,22%) e milho em grão (-4,95% para -0,46%). Em sentido oposto, destacam-se os seguintes itens: minério de ferro (2,96% para -0,08%), bovinos (-0,03% para -1,59%) e suínos (3,46% para 0,91%).

PREÇOS AO CONSUMIDOR

Enquanto isso, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) teve alta de 0,27%, ante queda de 0,19% em agosto. Seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja taxa de variação passou de 1,15% para -1,19%. Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item passagem aérea, cujo preço variou -8,72%, ante 5,88%, na edição anterior.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Alimentação (-0,15% para -0,93%), Transportes (0,70% para 0,14%), Despesas Diversas (0,50% para 0,00%), Vestuário (0,00% para -0,31%) e Comunicação (0,10% para 0,03%). Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: hortaliças e legumes (2,52% para -7,23%), gasolina (3,65% para 0,64%), serviços bancários (0,63% para -0,05%), roupas (-0,02% para -0,43%) e mensalidade para TV por assinatura (0,42% para 0,07%).

Em contrapartida, os grupos Habitação (-0,61% para 0,10%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,05% para 0,55%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (-2,83% para 0,82%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,68% para 1,03%).

O Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M) avançou 0,24% em setembro, repetindo a variação de agosto.