O consumo nacional de energia elétrica cresceu 3,9% em agosto para 66 mil megawatts médios, com impulso das altas temperaturas e de uma maior atividade de setores industriais. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), apontando que a maior taxa de crescimento foi observada no mercado regulado, no qual residências e pequenas empresas têm seu fornecimento de energia atendido pelas distribuidoras. Pela previsão mais atualizada do Operador Nacional do Sistema (ONS), a carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve subir 5,8% em setembro frente a igual mês de 2022, alcançando 75 mil megawatts médios.
O consumo de residências e pequenas empresas registrou uma expansão de 5,0% comparado com agosto de 2022, puxado pelo maior uso de equipamentos de refrigeração devido às temperaturas mais elevadas no período. Enquanto isso, no mercado livre, no qual indústria e grandes empresas contratam sua energia, o avanço do consumo foi de 2,2%, influenciado por um aumento da atividade de alguns setores da economia. O destaque ficou por conta de atividades do comércio e da indústria de minerais metálicos, e pelo movimento intenso de migração de novos consumidores vindos do ambiente regulado.
A expectativa é de que o consumo de energia no país, que cresceu pelo quarto mês consecutivo, continue a subir em setembro, mês em que as temperaturas permanecem altas e foram intensificadas por uma onda de calor que atinge boa parte do país.
No caso da geração de energia, os dados da CCEE mostram um aumento de 1,6% na produção das hidrelétricas em agosto, enquanto as térmicas geraram 2,2% a mais. As fazendas solares tiveram avanço de 62,8% na geração, enquanto os parques eólicos reduziram em 2,1%.