Governo do RS confirma corte em imposto do setor calçadista

Estado é o segundo maior produtor de pares de sapatos no país

Foto: Gustavo Mansur/Secom

O governador Eduardo Leite anunciou, na tarde desta terça-feira, a redução de um ponto na alíquota de ICMS para a indústria calçadista. De 4%, a fração cai para 3%, resultando em um estímulo financeiro de aproximadamente R$ 60 milhões destinado a empresas do setor. O evento, que ocorreu no Palácio Piratini, contou com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, da secretária da Fazenda, Pricilla Santana, e do chefe da Casa Civil, Artur Lemos.

A medida visa impulsionar a competitividade da indústria gaúcha, fomentando a expansão das empresas e a absorção da mão-de-obra especializada disponível.

Destaque nacional
De acordo com um levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), durante o triênio 2020-2022, o RS se destacou como o segundo maior produtor de pares de calçados do país, com uma média de participação de 21,7% na produção nacional. Somente em 2022 foram produzidos 192,1 milhões de pares.

O levantamento ainda aponta o Estado como o maior exportador do Brasil. No ano passado, 42,8 milhões de pares foram enviados para o exterior, com receita de US$ 616,4 milhões. Nas exportações, o Rio Grande do Sul contribuiu com 47% do valor total exportado e 30% do número de pares. A participação do calçado no Produto Interno Bruto (PIB) da indústria gaúcha chega a 6%.

Atualmente, o Estado abriga 34,5% de todas as empresas calçadistas do Brasil, contando com 1,5 mil fabricantes. O setor emprega 87 mil pessoas, o equivalente a 29,1% do total nacional. Dos 25 maiores empregadores do setor, entre os municípios, nove são gaúchos: Sapiranga, Novo Hamburgo, Parobé, Campo Bom, Nova Hartz, Igrejinha, Três Coroas, Rolante e Dois Irmãos.

Outras ações
No evento, Ernani Polo apresentou um panorama das ações já implementadas para incentivar o progresso de empresas gaúchas. Além do calçadista, outros cinco setores foram beneficiados por medidas recentes da pasta: o de proteína animal; o agropecuário, visando aumentar a produção de etanol, biodiesel, aveia e derivados e batata preparada e congelada; o das microcervejarias; o moveleiro, e a indústria, especialmente a de produção de colchões e os segmentos que dependem do aço, ao tornar a matéria-prima mais acessível.