Os investimentos estrangeiros na economia brasileira e o déficit das contas externas tiveram um recuo nos oito primeiros meses deste ano. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 25, pelo Banco Central, confirmando que no caso do investimento direto, a queda foi de 36%, para US$ 37,9 bilhões na parcial de 2023. Em igual período do ano passado, haviam somado US$ 59,2 bilhões.
Somente em agosto, conforme o BC, os investimentos diretos no país totalizaram US$ 4,27 bilhões, contra US$ 10 bilhões no mesmo mês de 2022. A projeção para este ano é de um ingresso de US$ 75 bilhões em investimentos estrangeiros, valor que poderá chegar a US$ 80 bilhões conforme pesquisa feira BC na semana passada com mais de 100 instituições.
CONTAS EXTERNAS
Ainda de acordo com a autoridade monetária, o déficit nas contas externas também mostrou queda na parcial dos oito primeiros meses deste ano, quando somou US$ 19,45 bilhões. O recuo foi de 30% na comparação com igual período de 2022 (-US$ 27,74 bilhões). O resultado em transações correntes é formado por balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).
No mês de agosto as contas externas registraram uma queda de US$ 778 milhões, em comparação com um resultado negativo de US$ 7,01 bilhões no mesmo período do ano passado. De acordo com o BC, o saldo negativo das contas externas, na parcial deste ano, tem explicação pela melhora da balança comercial no período. O Banco Central projeta um rombo de US$ 45 bilhões nas contas externas neste ano.