Operação combate tráfico de drogas e armas em bairros do Extremo-Sul da Capital

Organização criminosa movimentava em torno de R$ 100 mil por mês. Até o momento quatro comparsas foram presos

Foto: Polícia Civil / Divulgação

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira a Operação Terminália, que visa combater um grupo criminoso responsável por tráfico de drogas e comércio ilegal de armas de fogo na zona Sul de Porto Alegre. Foram cumpridas 18 ordens judiciais, sendo quatro ordens de prisão temporária, 11 mandados de busca e apreensão domiciliar e três bloqueios de contas bancárias. Até o momento, quatro pessoas foram presas.

Conforme o delegado Guilherme Dill, titular da 1ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (1ªDIN/Denarc), a investigação teve início em outubro de 2022, com a prisão de dois suspeitos. “Houve cumprimento de mandado de busca e apreensão na zona Sul de Porto Alegre, bairro Lami, na qual se identificou que dois irmãos tocavam diversos pontos de venda de drogas nos bairros Chapéu do Sol, Lajeado, Vila Nova, Espírito Santo, Belém Novo e Lami. Quem comandava o tráfico de drogas e esses irmãos é um indivíduo recolhido ao sistema prisional, também alvo da Operação Terminália”, revelou Dill.

Após as prisões e o material coletado, foi descoberto um sistema de tele-entrega de entorpecentes que utilizava um bar como ponto principal de venda da droga, além de outros localizados nos bairros junto ao Extremo-Sul da cidade, que chegavam a movimentar quase R$ 100mil em um mês.

As ordens judiciais são cumpridas nos bairros Lageado, Lami, Restinga, Espírito Santo, Campo Novo e Aberta dos Morros. Os policiais também cumpriram mandado de busca e apreensão e prisão de apenado recolhido junto à Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas (PMEC).

Mesmo com as ordens judiciais expedidas e a identificação dos suspeitos na Operação Terminália, Guilherme Dill declarou que a ofensiva agora segue um novo viés, para investigar a destinação dos recursos obtidos pela organização nas negociações ilegais. “Além da utilização de outras pessoas, os ‘laranjas’ para tentar fazer transferência nas contas e tentar dissimular a origem, o investimento em veículos, imóveis e até na bolsa de valores são fatores que serão investigados porque nós investigamos muito dinheiro sendo movimentado”, revelou.

A ofensiva contou com o apoio da Divisão de Operações Aéreas da Coordenadoria de Recursos Especiais e o uso de um helicóptero da Polícia Civil.