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O paranaense Cicero Raminelli Júnior, baleado no rosto após um desentendimento com o presidente da Câmara de Vereadores de Veranópolis, Aristeu André Caron (PTB), já teve o nome apontado como um líderes do tráfico no município de Colombo. Segundo o Ministério Público do Paraná, o homem, de 33 anos, era responsável pelo comércio de drogas nos bairros Ana Terra e Jardim Monza, ameaçando moradores como forma de manter o domínio na região.
Com antecedentes por roubo, tráfico e ameaça, Cicero, ainda segundo o MP-PR, também era conhecido como ‘Ferrugem’, ‘Cirsão’, ‘Jhow’ e ‘Vermelho’. Ele chegou a responder pelo homicídio de um rival, em 2013, mas acabou sendo inocentado por falta de provas suficientes. Segundo o apurado junto às forças de Segurança, ele deixou o crime organizado desde então.
Cicero vinha trabalhando como caminhoneiro e, conforme o boletim da ocorrência, era fornecedor de produtos para o mercado ‘Comercial Acaron’, no bairro Monte Bérico, na BR 470, do qual o vereador é proprietário. Próximo às 15h20min dessa quarta-feira, ainda segundo o registro, o caminhoneiro e o político discutiram.
O documento da ocorrência revela que, após disparar contra o rosto do fornecedor, Aristeu fugiu em um veículo e arremessou a arma em um matagal, próximo ao rio das Antas, entre Veranópolis e Bento Gonçalves. Até às 20h30min desta quinta, Cicero seguia internado em estado grave no Hospital Pompeia, em Caxias do Sul.
Contatado pela reportagem, o delegado Tiago Baldin, titular da DP de Veranópolis, relatou que recebeu uma ligação do político admitindo o crime. “Eu o convenci a se entregar”, declarou.
Retornando para o mercado, na BR-470, Aristeu se entregou aos policiais militares, sendo preso por tentativa de homicídio. Conforme os soldados, ele alegou que ‘desavenças comerciais’ motivaram o crime. Desde então, o vereador permanece detido no Presídio Estadual de Nova Prata.