Economia teve recuo de 0,3% em julho, aponta FGV

Na comparação com 2022, o monitor do PIB cresceu 1,8% em julho

Economia
Crédito: Freepick

A economia brasileira encolheu 0,3% em julho, comparado com o mês anterior. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 20, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) em seu Monitor do PIB. Na comparação com 2022 a economia cresceu 1,8% em julho e 2,7% no trimestre móvel terminado em julho.

“A retração de 0,3% da economia brasileira em julho é explicada, pela ótica da oferta, por quedas nas três grandes atividades econômicas (agropecuária, indústria e serviços) e, pela ótica da demanda, por recuos no consumo das famílias e na formação bruta de capital fixo. Destaca-se que a retração do consumo das famílias é a primeira após cinco meses consecutivos de crescimento e ocorreu de forma disseminada entre os tipos de consumo. Embora a economia tenha apresentado resiliência do crescimento no primeiro semestre do ano, o resultado de julho, acende alerta sobre a sustentabilidade do mesmo patamar de crescimento no restante de 2023”, diz Juliana Trece, coordenadora da pesquisa.

O consumo das famílias cresceu 2,6% no trimestre móvel terminado em julho. A exportação de bens e serviços cresceu 15,1% no trimestre móvel findo em julho da FGV. Todos os componentes da exportação cresceram no período. Destacam-se as exportações das commodities – produtos agropecuários (29,1%) e extrativa mineral (27,1%) – que foram responsáveis por cerca de 80% do desempenho positivo das exportações.

O total das importações recuou 0,9% no trimestre móvel findo em julho. Apesar das contribuições positivas das importações de consumo e de bens de capital, a retração de 5,7% na importação de bens intermediários justifica esta queda no total das importações. A FGV estima que o acumulado do PIB até julho em valores correntes tenha tenha sido de R$ 6,1 trilhões. A taxa de investimento calculada pela FGV em julho foi de 17,4%, pouco acima da média histórica desde 2015, mas abaixo da média histórica desde 2000.