O Comando Conjunto Sul, constituído pelo Exército, Marinha e Força Aérea, apresentou, na tarde desta terça-feira, em Porto Alegre, um balanço da Operação Taquari, que presta auxílio a moradores de cidades afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. As ações, que completaram duas semanas, já empregaram 1.005 militares e mais de 150 veículos, embarcações e aeronaves. Os números foram detalhados à imprensa no Comando Militar do Sul.
As equipes seguem atuando em 32 municípios, incluindo os mais atingidos, como Muçum e Roca Sales, em ações que envolvem busca e resgate de vítimas, arrecadação e transporte de doações, apoio na limpeza dos locais afetados e instalação de sistemas para comunicação, por exemplo. Na organização dos municípios, a quantidade de entulhos removidos já chega a 10.482m³, o equivalente a 874 caminhões-caçamba.
Internamente, os militares fazem, duas vezes ao dia, apresentações com as principais informações e ações de cada setor, projetando ações futuras e atualizando a previsão do tempo.
O general Marcelo Lorenzini Zucco, chefe do Centro de Coordenação de Operações do Comando Militar do Sul, mencionou que a capacidade de ação do Exército é ainda superior a empregada, mas que os trabalhos se desenvolvem conforme a demanda da Defesa Civil Estadual. “A população, as prefeituras e a Defesa Civil são os protagonistas da operação. A finalidade das Forças Armadas é apoiar a população e a Defesa Civil”, esclareceu.
O general Zucco também citou sugestões feitas ao órgão estadual. “Sugerimos algumas coisas, e vou dar um exemplo: como havia falta de internet e comunicação nos postos da Defesa Civil nos dias 5 e 6, lá na área [no Vale do Taquari], sugerimos que tínhamos capacidade de apoiar com internet e um comando de controle mínimo”, recorda.
A Operação Taquari segue sem prazo de encerramento. De acordo com o general, o auxílio ocorre conforme vão surgindo as necessidades.
