O preço médio dos condomínios se manteve praticamente estável em Porto Alegre em 2023, com variação de -0,3% no valor da taxa entre os meses de janeiro e agosto deste ano. Os dados constam de levantamento da startup imobiliária Loft e indica um cenário bem diferente do registrado em outras capitais da Região Sul do país. Tanto Curitiba quanto Florianópolis registraram um aumento superior a 6% no período. No caso da capital catarinense, a alta foi de 9,7%, enquanto no Paraná a variação foi 6,6%.
Apesar da leve queda no valor médio da cobrança, hoje em R$ 6,00 por metro quadrado na capital gaúcha, em pelo menos 15 bairros da Capital a taxa subiu mais de 1% desde janeiro. No Bom Fim, que registrou o maior aumento, de 6,8%, o preço da taxa por metro quadrado saltou de R$ 5,35 em janeiro para R$ 5,71 em agosto. Com o ajuste, o morador de um apartamento de 90 metros quadrados localizado no bairro precisou desembolsar cerca de R$ 515,00 para pagar o condomínio no último mês. No bairro Praia de Belas e na Vila João Pessoa, a alta foi menor, de 3,9% e 3,5%, respectivamente.
Na outra ponta do ranking, sete bairros registraram queda de pelo menos 5% no valor médio da taxa entre janeiro e agosto deste ano. As maiores baixas foram registradas no Navegantes (-12,3%), no Três Figueiras (-10,7%) e no Hípica (-9,1%). O gerente de dados da Loft, Fábio Takahashi, afirma que dois fatores ajudam a explicar o valor da taxa: a oferta de novos imóveis na cidade e a idade dos condomínios.
“Diferentes fatores influenciam nesse cálculo, mas o conforto oferecido é um deles. Se há mais imóveis à venda com amenidades como área de lazer, piscina e academia, o valor do condomínio tende a subir, assim como o valor médio da taxa no bairro”, diz. Para ele, há condomínios que estão completando 10, 15 anos de lançamento. “Desta forma, então é esperado que haja mais gastos com manutenção e reformas, o que também encarece o valor total que é rateado entre os moradores”, comenta.
