Inflação para famílias de renda muito baixa chega a 0,13% em agosto, dia Ipea

Já a classe de renda alta foi a que registrou a maior taxa de inflação em agosto (0,32%)

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A inflação brasileira manteve a tendência dos últimos meses e, novamente, em agosto ficou mais baixa para as famílias de renda mais baixa. Segundo o indicador de Inflação por Faixa de Renda do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) os preços dos bens e serviços consumidos pelo grupo de renda muito baixa avançaram, em média, 0,13% em agosto, sendo que a variação média dos preços registrada no segmento de renda teve alta de 0,24%. Já a classe de renda média alta foi a que apontou a maior taxa de inflação no mesmo mês (0,32%).

No acumulado do ano, a faixa de renda muito baixa é a que apresenta a menor taxa de inflação (2,3%), ao passo que a maior variação ocorre no segmento de renda alta (3,8%). De modo semelhante, no acumulado em 12 meses, enquanto a menor taxa de inflação é verificada na classe de renda muito baixa (3,7%), a mais elevada está no estrato de renda alta (5,9%).

DEFLAÇÃO

No período, mais uma vez, o principal alívio inflacionário veio da deflação do grupo alimentos e bebidas, repercutindo a queda expressiva dos preços dos alimentos no domicílio. Por certo, a deflação de itens importantes como tubérculos (-7,3%), carnes (-1,9%), aves e ovos (-2,6%) e leites e derivados (-1,4%) possibilitou uma forte descompressão sobre os índices de inflação, sobretudo para as famílias com rendas mais baixas, dado o peso desses itens nas suas cestas de consumo.

De modo semelhante, porém em sentido oposto, o reajuste de 4,6% das tarifas de energia elétrica – e seus efeitos altistas sobre o grupo habitação – impactou proporcionalmente mais a inflação dos segmentos de menor poder aquisitivo, tendo em vista que essas classes despendem uma parcela maior dos seus orçamentos para a aquisição desse serviço.