Produção industrial recua 0,6% em julho, diz IBGE

No RS, o desempenho melhorou, embora ainda negativo, passando de – 1,2% em junho para -0,1% em julho

Foto: FCA/Divulgação

A produção industrial brasileira recuou 0,6% em julho, com quedas em 14 dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontando que as maiores quedas foram no Amazonas (-8,8%), Bahia (-6,0%) e Pará (-4,4%), enquanto São Paulo, maior parque industrial do país, variou -0,5%. No Rio Grande do Sul, o desempenho melhorou, embora ainda no negativo, passando de – 1,2% em junho para -0,1% em julho.

Na comparação com julho de 2022, a indústria brasileira recuou 1,1% e as taxas negativas foram verificadas em 11 dos 18 locais pesquisados. Já o acumulado em 12 meses mostrou variação nula (0,0%), com nove dos 15 locais analisados mostrando resultados negativos.

É possível perceber uma perda de ritmo na indústria nacional como um todo, que pode ser observada desde março, quando atingiu um crescimento de 1,1%. Isso pode ser explicado pela conjuntura atual, pela taxa de juros que ainda se encontra em um patamar elevado, o que pressiona a linha de crédito disponível para o investimento. Isso recai diretamente sobre a cadeia produtiva, sobre as tomadas de decisões por parte dos produtores, já que o investimento se torna mais caro. Isso vale também para os resultados regionais, com um cenário disseminado de resultados negativos em 14 dos 15 locais pesquisados”, avalia o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.

COMPARAÇÃO

Frente a julho de 2022, a redução de 1,1% em julho de 2023 foi acompanhada por 11 dos 18 locais pesquisados. Amazonas (-11,1%) e Mato Grosso do Sul (-11,1%) assinalaram os recuos mais intensos, enquanto Rio Grande do Norte (50,7%) e Espírito Santo (31,7%) assinalaram avanços mais acentuados neste indicador.

No Rio Grande do Norte, o grande avanço pode ser explicado pela baixa base de comparação, assim como pelo comportamento positivo da atividade de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, óleos combustíveis e querosenes de aviação). Já no Espírito Santo, além de também haver uma baixa base de comparação, houve influência do setor de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo, minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e gás natural).