Preços da construção variam 0,18% em agosto, revela IBGE

No Rio Grande do Sul a variação mensal chegou a 1,44%

Crédito: Bruno Cecim/Ag. Pará

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) apresentou variação de 0,18% em agosto. A taxa é 0,05 ponto percentual menor do que o índice registrado em julho (0,23%). O resultado sofreu influência do aumento da mão de obra, que subiu 0,64%. Com isso, o acumulado nos últimos 12 meses é de 3,11%, abaixo dos 3,52% verificados nos 12 meses imediatamente anteriores. O índice de agosto de 2022 foi de 0,58%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao apontar que no Rio Grande do Sul a variação mensal chegou a 1,44%, e de 3,61% no ano e 5% no acumulado de 12 meses.

“Em agosto a parcela dos materiais voltou a apresentar queda, sendo o quarto mês a apresentar deflação no ano de 2023 – janeiro, maio, junho e agosto – dessa vez de 0,14%, ficando 0,15 ponto percentual abaixo da taxa registrada em julho, que estava próxima da estabilidade”, explica Augusto Oliveira, gerente da pesquisa. Na comparação com agosto do ano passado (0,69%), a parcela de materiais mostrou retração de 0,83 ponto percentual.  

Conforme Oliveira, com acordos coletivos firmados em alguns estados, a mão de obra teve taxa de 0,64%, 0,11 ponto percentual acima do que foi observado em julho. Em relação a agosto de 2022 (0,42%), houve alta de 0,22 ponto percentual.  O custo nacional da construção, por metro quadrado, apresentou aumento em relação a julho, quando foi de 1.710,37, e chegou a R$ 1.713,52 em agosto, dos quais R$ 1.000,42 relativos aos materiais e R$ 713,10 à mão de obra. No Rio Grande do Sul este valor chegou a R$ 1.727,96.

MAIOR ALTA

O Mato Grosso do Sul (2,37%) foi o estado que registrou a maior taxa em agosto, em consequência do reajuste observado nas categorias profissionais e aumento na parcela dos materiais. Em seguida vieram Paraná (2,30%) e Rio Grande do Sul também influenciados pelos acordos coletivos firmados. 

A Região Sul (1,46%) ficou com a maior variação em agosto, mesmo com a queda verificada na parcela dos materiais. Os acordos coletivos estabelecidos no Paraná e no Rio Grande do Sul foram determinantes para esse resultado. As demais regiões apresentaram os seguintes números: 0,04% (Norte), -0,05% (Nordeste), -0,06% (Sudeste) e 0,23% (Centro-Oeste).