Sobe para 96 número de cidades afetadas pelas chuvas no RS

Quatro ainda não foram contempladas em decreto coletivo de calamidade pública

Foto: Marinha do Brasil / RS / Divulgação

Mais três municípios entraram para a lista de atingidos pelas chuvas seguidas de enchentes, registradas na semana passada, no Rio Grande do Sul. A Defesa Civil Estadual confirmou a inclusão de Cristal, São José das Missões e Cacique Doble. Capão do Cipó já havia sido integrado nesse domingo à relação, que passa a ter 96 cidades.

Essas últimas quatro ainda não foram incorporadas ao decreto coletivo de calamidade pública, homologado pelo governo estadual e reconhecido pelo federal. Ontem, as autoridades confirmaram que a medida, que abrangia de início 79 municípios, passou a considerar 92.

Conforme o balanço mais recente, atualizado às 18h50min desta segunda-feira, os demais números relativos aos eventos climáticos – como os totais de mortes (46), desaparecidos (46), feridos (924), resgatados (3.130) e pessoas fora de casa (25.292), se mantiveram no comparativo com o boletim anterior, do meio-dia.

Veja os detalhes:

Óbitos: 46

  • Bom Retiro do Sul: 1
  • Colinas: 1
  • Cruzeiro do Sul: 5
  • Encantado: 1
  • Estrela: 2
  • Ibiraiaras: 2
  • Imigrante: 1
  • Lajeado: 3
  • Mato Castelhano: 1
  • Muçum: 16
  • Passo Fundo: 1
  • Roca Sales: 11
  • Santa Tereza: 1

Desaparecidos: 46

  • Lajeado: 8
  • Arroio do Meio: 8
  • Muçum: 30

Pessoas resgatadas: 3.130

Municípios afetados: 96

Desabrigados: 4.794

Desalojados: 20.498

Afetados: 340.928

Feridos: 924

Em uma entrevista à imprensa no início da noite, em Encantado, no Vale do Taquari, o vice-governador Gabriel Souza reforçou que a busca pelo número preciso de desaparecidos nas enchentes continua e envolve forças de segurança do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

A Secretaria de Assistência Social trabalha no levantamento do número de pessoas ainda em abrigos temporários organizados pelos municípios ou em casas de amigos e parentes. A partir desse número, vai ser possível contabilizar quantas pessoas precisarão de recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida para terem acesso à moradia.

Souza admite que a questão é complexa, uma vez que há pessoas de fora da faixa de renda mínima exigida pelo programa, mas que também perderam tudo o que tinham.

Outra questão passa por evitar o retorno das famílias e empresas para os locais invadidos pelo rio Taquari. “A recomendação é que não se reconstrua a residência no mesmo local”, disse Souza. De acordo com ele, as prefeituras vão precisar mudar os planos diretores dos municípios e construir locais provisórios para garantir que a população não volte para essas áreas de risco.

O governo também revelou que prioriza a volta dos serviços de saúde e educação no Vale do Taquari. Para isso, Gabriel Souza fica em Encantado pelo menos até sexta-feira.

De acordo com o vice-governador, as equipes vão trabalhar para que as aulas estejam de volta em todos os municípios atingidos até a próxima semana. Para isso, os alunos de escolas que vão precisar de reconstrução devem ser realocados temporariamente para outras instituições.

Gabriel Souza também anunciou que uma primeira instituição de ensino no Vale do Taquari – a Escola Estadual de Ensino Médio Colinas, no município de Colinas -, retoma as aulas nesta terça.