Coudet mostra-se mais adaptado e flexível em nova passagem pelo Inter

Diferente de 2020, em que reclamava que tinha um "grupo curto", Chacho tenta buscar soluções para o Colorado dentro do elenco

Foto: Ricardo Duarte / Inter / Divulgação

Faz menos de três anos que Eduardo Coudet despediu-se do Inter. Porém, quem priva da intimidade do vestiário colorado atualmente é testemunha de uma mudança no comportamento do técnico argentino. Em sua nova passagem pelo clube, ele demonstra-se mais paciente, flexível e integrado, além de bem menos estressado diante das dificuldades do dia a dia, principalmente quanto à carência de opções para montar o time e o aperto do calendário.

A sua melhor adaptação ao clube é um dos segredos da melhora no rendimento do time, principalmente na Libertadores da América, na opinião dos dirigentes. As capacidades de Coudet como técnico de futebol nunca foram motivo de desconfiança. Pelo contrário.
O profissional, apesar da carreira relativamente curta − ele começou em 2015, no Rosario Central, da Argentina −, é reconhecido por sua habilidade para montar equipes que utilizam um futebol competitivo e de alta intensidade. Porém, uma certa “instabilidade de humor” lhe causou problemas no próprio Inter, em 2020, e também no Atlético Mineiro, neste ano.

A sua primeira passagem pelo Beira-Rio foi interrompida pelo próprio técnico, que aceitou convite do Celta de Vigo, quando o Inter era líder do Brasileiro. Ocorre que, pelo menos por agora, essa característica não se pronunciou novamente. Coudet não reclamou publicamente de “grupo curto” e, ao contrário, buscou soluções dentro do elenco para eventuais carências, adaptando as características dos jogadores ao esquema.

Um exemplo é Alan Patrick, que é um meia clássico, mas está jogando como atacante para ficar menos preso às funções defensivas. Outro é Renê, que não é um lateral ofensivo como gosta o técnico, mas está sendo utilizado quase como terceiro zagueiro para compensar a ausência de um primeiro volante mais pegador.

Falta ao treinador, porém, que ele consiga tirar mais do time também no Brasileiro, onde, com ele no comando, já são sete partidas e nenhuma vitória. O oitavo jogo será contra o São Paulo, nesta quarta-feira, no Beira-Rio.