Alckmin e mais sete ministros vêm ao Rio Grande do Sul neste domingo

Presidente em exercício vai visitar cidades afetadas por ciclone extratropical e deve anunciar medidas para socorrer população

Foto: Divulgação

O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), chega ao Rio Grande do Sul neste domingo para visitar municípios afetados pelos temporais seguidos de enchentes nesta semana. Alckmin vem acompanhado por uma comitiva formada por sete ministros e secretários de governo que deve passar pelos municípios de Roca Sales, Muçum e Lajeado.

Foram confirmados na comitiva os ministros do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva; da Defesa, José Múcio; da Saúde, Nísia Trindade; da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, e do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, além de representantes de outros ministérios e órgãos do governo federal.

O grupo embarca de Brasília para Canoas às 6h. A partir das 9h, o presidente em exercício percorre os municípios de Roca Sales, Muçum e Lajeado. De acordo com o Palácio do Planalto, ao fim da manhã, Alckmin participa, em Lajeado, de reunião com prefeitos locais. Em seguida, concede entrevista coletiva à imprensa, no campus sede da Universidade do Vale do Taquari.

Nessa sexta, ele anunciou medidas para socorrer a população afetada pelas enchentes, entre elas suporte financeiro a ser repassado às prefeituras no valor de R$ 800 por pessoa desabrigada. O auxílio vai servir para os municípios pagarem despesas com alojamentos provisórios e alimentação.

O governo federal também vai disponibilizar 20 mil cestas de alimentos ao Rio Grande do Sul, a serem enviadas pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Até domingo, 5 mil cestas devem chegar ao Rio Grande do Sul. As demais serão entregues nos dias seguintes.

Além disso, o Ministério da Saúde enviou kits de medicamentos para atender 15 mil pessoas. O material começou a ser distribuído hoje. Outra medida prevê a criação de uma sala de situação permanente, com 10 ministérios trabalhando em força-tarefa para auxiliar o Rio Grande do Sul.

Com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagem à Índia para participar do G-20, a presença do governo federal em cidades gaúchas passou a ser cobrada. Criticado por não visitar a região afetada, Lula mencionou a tragédia durante o primeiro discurso na cúpula, que abordou a mudança climática.

Calamidade pública e 41 mortes
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu na quinta-feira estado de calamidade pública em 79 cidades do Rio Grande do Sul. Segundo a pasta, a medida visa agilizar o atendimento da Defesa Civil Nacional e dos órgãos competentes à população do estado afetada pela passagem do ciclone.

Com o estado de calamidade, os municípios poderão solicitar recursos para o atendimento emergencial à população afetada. Eles também poderão apresentar planos de trabalho para reconstrução das áreas atingidas. Os recursos servem para socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura destruída ou danificada, como estradas e pontes.

De acordo com o governo estadual, 3.193 pessoas ficaram desabrigadas e 8.256, desalojadas, desde o início da semana. Ainda conforme o levantamento, 223 pessoas ficaram feridas e 3.130 foram resgatadas pelas forças de segurança.

Das 41 mortes já registradas, 15 foram contabilizadas na cidade de Muçum. Os demais óbitos ocorreram em Roca Sales (10), Cruzeiro do Sul (4), Lajeado (3), Ibiraiaras (2), Estrela (2) e Encantado, Imigrante, Mato Castelhano, Passo Fundo e Santa Tereza (1 morte em cada cidade). Sobre as pessoas desaparecidas, 30 seguem sendo procuradas em Muçum, 8 em Lajeado e 8 em Arroio do Meio.

Em 87 cidades, 147.341 pessoas foram diretamente afetadas pelo mau tempo.

*Com informações da Agência Estado (AE)