BRDE anuncia adiamento do pagamento das dívidas de empresas atingidas pelas enchentes

Além do congelamento temporário das dívidas, o banco quer viabilizar linhas de crédito emergencial para a retomada das atividades econômicas

Foto: Reprodução/Governo do RS

Para auxiliar na retomada das atividades e atenuar os prejuízos com as enchentes que desde o início da semana afetam o Rio Grande do Sul – em especial o Vale do Taquari e a Serra –, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) irá suspender por um ano o pagamento de empréstimos para empresas cujos negócios foram prejudicados pelas cheias. Além do congelamento temporário das dívidas com a repactuação de contratos (acordo conhecido como standstill), o banco está buscando viabilizar linhas de crédito emergencial para a retomada das atividades econômicas.

As medidas foram anunciadas nesta quarta-feira, 6, pelo vice-presidente e diretor de Operações do banco, Ranolfo Vieira Júnior, e pelo diretor de Planejamento, Leonardo Busatto, após reunião com os demais integrantes de diretoria. “Somos solidários às famílias que tiveram vítimas nesta que já é considerada a maior tragédia natural do Estado. Ainda é hora de resgatar pessoas ilhadas e socorrer quem perdeu quase tudo, mas cabe ao BRDE auxiliar na recuperação das atividades nas indústrias, nas cooperativas e no comércio”, destacou Ranolfo.

O BRDE já está buscando alinhar com os demais parceiros – em especial o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – a possibilidade de disponibilizar linhas emergências para aquisição de máquinas, obras físicas e capital de giro.

Prevenção

Em termos de prevenção a desastres naturais, o BRDE tem à disposição das prefeituras o programa Sul Resiliente, com recursos captados junto ao Banco Mundial. O programa é direcionado a projetos de qualificação da infraestrutura dos municípios para atenuar impactos de desastres naturais e riscos relacionados ao clima, como inundações e deslizamento.

Além de investir em obras para evitar desastre naturais e eventos climáticos, os municípios poderão utilizar o dinheiro para a elaboração de projetos executivos, como mapeamento de risco e planos de contingência, treinamento de servidores municipais ou aquisição de sistemas e equipamentos para monitoramento de risco.