Caiu para 215, na noite desta terça-feira, o número de pessoas desalojadas – que buscaram o auxílio de amigos e parentes – em razão das chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul desde esse domingo. Mais cedo, a Defesa Civil Estadual informou 353 pessoas nessa situação – número corrigido para 278, no fim da tarde. Até o momento, 44 municípios, onde vivem quase 2 milhões de pessoas, reportaram algum tipo de dano, a maioria na metade Norte, em razão de tempestade, vendaval, enxurrada, alagamento, chuva intensa ou queda de granizo.
Ao menos 2.091 moradores dessas comunidades foram diretamente afetados, com cerca de 300 casas destelhadas – 150 delas só em Sarandi – e três destruídas, conforme o balanço parcial.
Mais cedo, a Defesa Civil já havia confirmado quatro mortes – duas delas de um casal, em Ibiraiaras, e as demais de dois homens, em Mato Castelhano e Passo Fundo. Os três primeiros – Delve Francescatto, de 50 anos, Ironi de Fátima Godoi Francescatto, de 44, e Cristiano Schusler, de 41, perderam a vida dentro de veículos levados pela correnteza e o último – Neri Roberto Gonçalves da Silva, de 67 – morreu vítima de descarga elétrica.
Nova Bassano era, no início da noite, a cidade com o maior número de vítimas fora de casa: 90. Casca tinha 75 na mesma situação. Em São Jorge, havia 40 desalojados, em Protásio Alves, nove, e em Cachoeira do Sul, uma.
Passo Fundo, Sarandi, Nova Bassano e Lajeado do Bugre foram as primeiras cidades a encaminhar relatórios preliminares de danos, que podem eventualmente embasar decretos de situação de emergência.
Embora já haja relatos nesse sentido, o balanço oficial ainda não contabiliza pontes destruídas pelas enchentes. Os dados devem seguir sendo atualizados nesta terça.
