Após resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre deste ano na semana passada, com alta de 0,9%, os analistas do mercado financeiro elevaram a previsão de expansão da economia neste ano de 2,31% para 2,56%. A informação consta no Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, 4, pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2024, a previsão de crescimento da economia do mercado financeiro apresentou um recuo de 1,33% para 1,32%. No caso da estimativa de inflação para 2023, os analistas do mercado financeiro elevaram a projeção de 4,90% na semana anterior para 4,92% na última semana. O novo aumento acontece após o reajuste de combustíveis anunciado pela Petrobras em meados de agosto.
Com o resultado, as estimativas se afastam, parcialmente, das projeções feitas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3,25% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75% neste ano. Para 2024, o mercado financeiro elevou de 3,87% para 3,88% sua estimativa para a inflação do próximo ano. Para 2024, a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Se confirmada a projeção do mercado financeiro, será o terceiro ano consecutivo em que o IPCA fica acima do teto fixado pelo governo. Em 2022, a inflação somou 5,79%. Já com relação à taxa de juros, Os economistas do mercado financeiro mantiveram as estimativas para o final deste ano e de 2024. Para o fim de 2023, a projeção para a taxa Selic em 11,75% ao ano. Para o fechamento de 2024, a estimativa para o juro básico da economia seguiu 9% ao ano.
A projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2023 permaneceu em R$ 4,98. Para o fim de 2024, ficou estável em R$ 5. Quanto ao saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu de US$ 70,9 bilhões para US$ 72,4 bilhões de superávit em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo permaneceu em US$ 60 bilhões.