PIB tem alta de 3,4% no trimestre frente ao mesmo período de 2022

Somente o setor agropecuário cresceu 17,9%

Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 3,4%. Nessa mesma comparação, a agropecuária cresceu 17,0%, o melhor resultado entre os setores. Essa alta é relacionada ao bom desempenho de alguns produtos como a soja, o milho, o algodão e o café. As estimativas da pecuária também contribuíram com o resultado. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado nesta sexta-feira, 1, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já a indústria cresceu 1,5%, com destaque para as indústrias extrativas (8,8%), que se beneficiaram do aumento na extração de petróleo e gás e de minérios ferrosos. Na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (4,8%), o impacto veio do consumo residencial de energia favorecido pela melhora nas bandeiras tarifárias.

Na mesma comparação, os serviços avançaram 2,3%. Entre os setores de destaque estão as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (6,9%), influenciadas pelo bom desempenho dos seguros

PRIMEIRO SEMESTRE

No primeiro semestre, o crescimento do PIB foi de 3,7%. Os três grandes setores cresceram no período: agropecuária (17,9%), indústria (1,7%) e serviços (2,6%). “No semestre, o destaque é o setor agropecuário, que teve um ótimo resultado por causa das safras recordes de soja e milho”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Já nas atividades industriais, os destaques foram as indústrias extrativas (8,2%), a eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (5,6%) e a construção (0,9%). As indústrias de transformação (-1,3%) caíram no mesmo período.

Nos serviços, os setores que cresceram foram: atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,8%), informação e comunicação (5,3%), transporte, armazenagem e correio (4,2%), outras atividades de serviços (3,3%), atividades imobiliárias (2,8%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,0%) e comércio (0,9%).