Os Indicadores Industriais de julho reforçam a perda de dinamismo da atividade industrial em 2023. De acordo com a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), houve queda do faturamento real da indústria de transformação, do número de horas trabalhadas na produção e do nível de utilização da capacidade instalada.
“Esses indicadores refletem que a indústria de transformação permanece penalizada pela política monetária apertada e pelo ambiente de crédito desfavorável, e sem o impulso da recuperação produtiva que esteve presente em 2021 e 2022”, destaca a economista da CNI, Larissa Nocko.
Em julho de 2023, o indicador de faturamento real da indústria de transformação recuou 0,9% na comparação ao mês anterior. Na comparação com julho de 2022, o indicador apresenta queda de 6,8%. Esse indicador intercala resultados positivos e negativos desde o último trimestre de 2022, mas os meses de crescimento não têm sido suficientes para reverter completamente os movimentos de queda, estabelecendo uma trajetória de queda ao longo deste ano.
EMPREGO
O emprego iniciou o segundo semestre de 2023 mostrando estabilidade. Após os avanços expressivos registrados em 2021 e 2022, o indicador perdeu dinamismo e, em julho de 2023, o emprego se encontra no mesmo patamar que estava em janeiro. Apesar disso, a série se encontra em patamar superior ao observado em 2022 e, na comparação com julho de 2022, o avanço corresponde a 0,4%.
A massa salarial da indústria de transformação e o rendimento médio do trabalho também ficaram estáveis em julho deste ano, ainda que acumulem variações positivas na comparação com o patamar em que iniciaram o ano. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria de transformação alcançou 78,2% em julho de 2023, um recuo de 0,3 pontos percentuais em relação ao resultado de junho. Na comparação com julho de 2022, o recuo foi de 3,4 pontos. Esse resultado mostra continuidade da tendência de queda, observada na série desde 2021.