Porto Alegre registrou aumento de 508% no número de casos de hepatite A entre janeiro e julho deste ano, em comparação ao mesmo período de 2022. Em 2023, foram notificados à Vigilância Epidemiológica, em sete meses, 117 casos da doença. No ano passado, no mesmo período, foram 23.
O aumento expressivo de notificações levou a Secretaria Municipal de Saúde a emitir alerta epidemiológico a serviços e profissionais da saúde sobre a prevenção e o diagnóstico da doença. Com transmissão fecal-oral, a hepatite A pode surgir devido ao contato com água ou alimentos contaminados, exposição a baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal e relação sexual desprotegida.
Os sintomas, quando existem, aparecem de 15 a 45 dias após a exposição ao vírus. Os mais comuns incluem icterícia (pele e olhos amarelados), urina escura, fezes claras, cansaço, febre, mal-estar, dor abdominal, náusea e vômitos, diarreia ou constipação e dores musculares.
No alerta, a SMS recomenda reforço na estratégia de vacinação contra hepatite A em crianças de 15 meses até 5 anos incompletos. A vacina está disponível na rede de Atenção Primária em Saúde pelo SUS. Também há recomendação para vacinação de populações específicas nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais: portadores de HIV, pessoas com hepatite B e C e outras hepatopatias, portadores de fibrose cística e transplantados.
A notificação à Vigilância Epidemiológica é obrigatória. Com ela, são desencadeadas medidas de bloqueio, como verificação de contatos e controle ambiental, com vistas a evitar o surgimento de surtos da doença, em especial em estabelecimentos como escolas, empresas, penitenciárias e instituições de longa permanência.
Para dúvidas ou esclarecimentos sobre notificação e suspeição de casos, os porto-alegrenses podem entrar em contato pelos telefones (51) 3289.2413/2475/2445/2443, em horário comercial, ou pelo e-mail [email protected].