A produtividade do trabalho na indústria de transformação caiu 2,8% em 2022, na comparação com 2021. O resultado consta de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quarta-feira, 23, e foi a segunda maior queda anual da série histórica do indicador iniciada em 2000. O resultado negativo, segundo a pesquisa, ainda é reflexo, em grande parte, do desempenho verificado na pandemia de covid-19 e com os efeitos da guerra na Ucrânia.
No ano passado, o indicador ficou 7,9% menor que o nível pré-pandemia. A produtividade do trabalho efetiva caiu 9% entre 2019 e 2021. O indicador compara a produtividade da indústria brasileira com a média de seus dez principais parceiros comerciais – Reino Unido, Coreia do Sul, Argentina, Países Baixos, Estados Unidos, México, Itália, Alemanha, Japão e França. O indicador reverteu a trajetória de crescimento a trajetória de crescimento observada entre 2011 e 2019, e desde então registra quedas.
O desempenho registrado pelo Brasil foi o mais fraco, praticamente empatado com a França, com perda de 5,2% de produtividade entre 2019 e 2021. Entre os 11 países analisados, só o Brasil, a França e o Japão ainda apresentam produtividade abaixo do nível pré-pandemia.